Um motociclista que sofreu um acidente na passada sexta-feira, teve de esperar mais de uma hora para ser transportado pelos Bombeiros Sapadores de Setúbal, para uma unidade hospitalar, com a ambulância a ter de vir de Queluz.
A situação foi denunciada por Luís Simões, delegado sindical do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS), que explicou ainda que além deste caso, oito outros serviços tiveram de esperar por uma viatura de emergência médica.
Já Rui Lázaro, presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar (STEPH), questionado sobre se o caso está relacionado com a greve do INEM, que está a obrigar ambulâncias a virem de fora do Distrito de Setúbal fazer socorro na região, respondeu que não teve conhecimento do episódio, mas não se mostrou surpreendido com a situação.
Sobre as restantes oito ocorrências, disse ter conhecimento de que “no dia anterior estiveram a fazer socorro em Setúbal ambulâncias vindas de Azambuja, Cascais e Estoril”.
Os técnicos de emergência pré-hospitalar iniciaram à meia-noite de segunda-feira uma greve às horas extraordinárias, situação que já tem vindo a causar transtornos em várias ocorrências no Distrito de Setúbal.
Rui Lázaro revelou que na passada segunda-feira o STEPH recebeu denúncias de que, em Setúbal, “os tempos de resposta já superavam os 40 minutos”. “A Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Setúbal esteve numa ocorrência mais de 40 minutos à espera de uma ambulância para transportar uma vítima para o hospital”, disse.
O sindicalista explicou que a luta dos trabalhadores do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) vai continuar “por tempo indeterminado” e que “o horário normal [dos profissionais] continua a ser garantido”.
(In O SETUBALENSE)