Entre 2020 e 2022, registou-se um aumento de 25,5% no número de atendimentos que foram efetuados pelos Serviços de Proximidade da APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima.
Este é um dos dados divulgados no relatório anual da APAV relativo a 2022, divulgado esta quarta-feira, no qual indicam que foram apoiadas perto de perto de 15 mil vítimas diretas de crimes, quase mais 11% que em 2021.
Foram feitos 83.322 atendimentos, mais 25,5% do que em 2021, apoiando diretamente 16.824 pessoas e os crimes contra as pessoas, como a violência doméstica ou os crimes sexuais, representam 94% dos crimes registados.
Foram apoiadas 14.688 vítimas diretas de crime e de violência, o que representa um aumento de 10,9% de vítimas face ao ano transato.
«Estes atendimentos realizaram-se nos vários serviços de proximidade: Gabinetes de Apoio à Vítima, Equipas Móveis de Apoio à Vítima, Pólos de Atendimento em Itinerância, Sub-Redes Especializadas e Casas de Abrigo, Sistema Integrado de Apoio à Distância e Linha Internet Segura», refere a APAV no relatório.
São de novo as mulheres que lideram o número de vítimas, num total de 8.122 durante 2022, o que significa 157 por semana/23 por dia. Seguem-se as crianças e jovens, com um total de 2.595 registos; os homens adultos, com 1.547 registos, e por fim os idosos, com um total de 1.528 vítimas registadas.
O relatório indica que «dos 308 municípios existentes em Portugal, a APAV em 2022, chegou a 292 através do apoio prestado às vítimas diretas, representando uma cobertura de aproximadamente 95% do território nacional».
Quanto aos municípios de residência das vítimas que procuram apoio na APAV durante o ano de 2022, «sobressaem seis localizações ordem decrescente: Lisboa com 807 queixas, Braga com 678; Faro com 572 queixas; Loulé com 450; Porto com 447 queixas e Sintra com 387 queixas.
Nos municípios de Albufeira, Cadaval, Estremoz, Nisa, Sabrosa, Vagos e Vizela, o número de apoio a vítimas duplicou ou mesmo triplicou.
No que respeita ao distrito de Setúbal, foram os municípios de Almada e de Setúbal que tiveram mais vítimas apoiadas, 243 e 213 apoios prestados respetivamente.
Seguem-se os municípios de Seixal, com 150; Palmela com 99; Barreiro com 95; Moita com 69; Montijo com 51; Sesimbra com 48; Santiago do Cacém com 21; Alcochete com 11; Alcácer do Sal, com 7; Sines com 4, e em Grândola registaram-se 3 apoios.