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Setúbal Informação

2023/07/05

Estivadores em greve de 5 de julho a 5 de novembro nos portos de Setúbal e Lisboa

Concelho

Os estivadores começam hoje uma greve nos portos de Lisboa e Setúbal, protestando por alegadas violações do direito à greve, numa paralisação que se irá manter até 05 de novembro, segundo o pré-aviso, divulgado em 20 de junho.

“O Sindicato Nacional dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego, Conferentes Marítimos e Outros, em nome e em representação dos trabalhadores portuários integrados no respetivo âmbito estatutário, que exercem a sua atividade profissional nas áreas dos portos de Lisboa e de Setúbal, declara greve à prestação de trabalho nestes portos, a partir das 08:00 do dia 05 de julho de 2023 até às 08:00 do dia 05 de novembro de 2023”, indicou o SEAL em comunicado.

Estão em causa alegadas violações do direito à greve, destacou a estrutura sindical, nos últimos três anos, pelas empresas que operam no porto de Lisboa, ao colocarem trabalhadores de empresas terceiras a realizar trabalho abrangido pelos pré-avisos de greve.

O SEAL recordou que a presente luta “começou porque todas as empresas de operação portuária decidiram, em conjunto, de forma totalmente concertada, apresentar à insolvência a empresa de cedência de mão-de-obra portuária de que eram as únicas associadas e, simultaneamente, únicas clientes, a A-ETPL”, e sublinhou que essa luta “não terminará enquanto o problema não for resolvido, pelas empresas ou pelos tribunais”.

“Todos os Grupos de Operadores portuários que operam no porto de Lisboa estão a utilizar este ‘estratagema’, numa clara manifestação de fraude à lei (o Grupo ETE opera todos os navios ao largo neste sistema), com a total conivência do ACT que, no porto de Lisboa, não atua de todo, razão pela qual as ações de responsabilização civil e criminal pelas violações do direito à greve que estavam a ser preparadas antes do início da negociação com o Grupo Yildirim irão agora prosseguir”, referiu o sindicato do setor.

Segundo o SEAL, “a greve envolverá todos os trabalhadores portuários efetivos e também aqueles que possuam vínculo contratual de trabalho portuário de duração limitada, cujas entidades empregadoras ou utilizadoras sejam as empresas de trabalho portuário ou empresas de estiva em atividade nos referidos portos, compreendendo-se ainda no âmbito da greve as empresas titulares de direitos de uso privativo nas respetivas áreas portuárias”.

O sindicato precisou que “a greve se materializará na abstenção da prestação de trabalho em todas as empresas de estiva do porto de Lisboa (…) em todas as operações realizadas, seja qual for o período de trabalho, normal ou suplementar, para a execução das quais as entidades empregadoras ou utilizadoras de mão-de-obra portuária contratem ou coloquem trabalhadores estranhos à profissão e que não integrassem o contingente efetivo e eventual à data de 04 de fevereiro de 2020”.

Lusa

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