Na manhã de terça-feira, a comunidade educativa colocou tarjas, cartazes e sinais de protesto naquele que foi um dia de greve que deixou os alunos daquele estabelecimento de ensino sem aulas, tal como aconteceu por todo o país.
Cerca de meia centena de professores, funcionários, assistentes operacionais, técnicos especializados, encarregados de educação e alunos juntaram-se para, num movimento “espontâneo e livre”, demonstrarem o grau de insatisfação com a situação vivida por este grupo de profissionais de ensino.
“O patrono desta escola, D. Manuel Martins, foi o primeiro Bispo de Setúbal, um homem que se envolveu muito nas causas laborais e em questões de justiça social, portanto isto é uma luta digna do nome que representa esta instituição escolar”, explicou, com orgulho, uma docente daquele estabelecimento de ensino.
Além disso, a ação foi também realizada em protesto contra a proposta de um novo modelo de recrutamento e gestão dos docentes, que prevê a transformação dos actuais quadros em mapas de docentes e a sua alocação em função de perfis, definidos pelas escolas e seus projetos, geridos por um conselho de diretores.
Desta forma, os alunos não tiveram aulas durante todo o dia. Já a comunidade educativa disse não saber se a escola volta a desempenhar funções nos próximos dias, destacando a mobilização de professores em Lisboa no dia 14 de janeiro, onde vai ter palco uma manifestação nacional.