Os moradores da freguesia do Sado ficaram a conhecer, na terça-feira, dia 18 de março, os vários investimentos que a Câmara Municipal de Setúbal e a Junta de Freguesia tem previsto realizar nos próximos meses naquele território, incluindo o futuro Parque 25 de Abril.
Numa reunião com cerca de meia centena de moradores realizada no pavilhão da União Cultural Recreativa e Desportiva Praiense, no âmbito do programa municipal de participação cidadã “Ouvir a População, Construir o Futuro”, o presidente da Câmara, André Martins, salientou que o Parque 25 de Abril, a criar entre a Rua Tomás Ribeiro e a linha férrea, é “um benefício extremamente importante” para a população.
Com uma área de quase 8500 metros quadrados, 35 metros de largura média e 230 metros de comprimento, e situado nas traseiras do bairro da Portucel, entre o apeadeiro e a Rua Augusto Gil, o parque será a maior área verde da freguesia do Sado e representa um investimento de cerca de 430 mil euros, 300 mil a cargo da Câmara Municipal e perto de 130 mil da Junta de Freguesia.
Com 1170 metros quadrados de relvado e 2280 metros quadrados de prado florido, o parque tem prevista a plantação de 72 árvores e 1844 arbustos e diversas áreas de lazer, incluindo uma zona de descanso e atividade física com máquinas e pérgula, outra de estadia e espera de comboios, um palco para eventos recreativos e culturais, uma praça com piso que permite a utilização de skates, patins e bicicletas e uma área de merendas com estrutura de ensombramento, grelhadores, mesas e bancos.
Vai também ser construído um parque infantil com piso amortecedor, parede de escalada, ponte e estrutura de trepar e uma zona com 17 lugares para estacionamento automóvel, que pode acolher eventos temporários, como feiras, além de serem requalificadas as hortas e o pomar existentes, entre outras intervenções.
“Temos investido bastante nos parques verdes. Na Quinta da Amizade temos em desenvolvimento um com cerca de seis hectares e também está em desenvolvimento o Parque Urbano da Várzea. A população do concelho está a beneficiar desta nossa visão de criar espaços verdes e de manter e requalificar as hortas urbanas”, disse André Martins.
A presidente da Junta de Freguesia do Sado, Marlene Caetano, recordou que a criação de um parque naquela zona era “um projeto antigo que teve de ser adaptado para a nova realidade”, salientando que se trata de uma intervenção a realizar através de uma parceria entre a Câmara Municipal e aquela autarquia.
Segundo o presidente da Câmara, a obra do Parque 25 de Abril tem o projeto terminado e “todas as condições para avançar”, tendo, tal como outras duas obras previstas para a freguesia, a requalificação do Campo Municipal Júlio Tavares e a construção de passeios na Estrada da Morgada, financiamento assegurado por um empréstimo pedido pelo município, estando todas apenas a aguardar o visto do Tribunal de Contas.
Afirmando esperar que o visto para o empréstimo poder ser utilizado chegue até ao final de março, André Martins referiu acreditar que em abril possa ser aberto o concurso público para a obra na Estrada da Morgada, no valor previsto de 160 mil euros, e que o projeto de requalificação do Campo Municipal Júlio Tavares, com um custo de cerca de 900 mil euros, vá a reunião de Câmara em 2 de abril.
Na sessão foi igualmente apresentado o projeto de criação de um espaço verde, com zona de lazer com pérgula, junto das ruas do Sado e dos Alfaiates, bem como a passagem da Rua Guerra Junqueiro para via de sentido único, em direção à Rua Principal de Praias do Sado, para aumentar a segurança pedonal e rodoviária.
No que diz respeito à mobilidade, na Rua Principal de Praias do Sado, para libertar os passeios para os peões, uma vez que atualmente são ocupados por muitos carros, e para aumentar a segurança, vão ser pintadas faixas amarelas e colocados pilaretes para impedir o estacionamento em alguns locais e criadas cinco lombas para garantir a redução da velocidade.
“A Rua Principal de Praias do Sado precisa de uma intervenção de fundo, mas para isso precisamos de substituir as infraestruturas e é necessário que os Serviços Municipalizados tenham condições, até financeiras, para fazer essa intervenção. O que estamos a fazer são intervenções urgentes”, disse André Martins, adiantando esperar que até final do ano haja projeto para uma obra que custará “alguns milhões de euros”.
O programa municipal “Ouvir a População, Construir o Futuro” tem como objetivo aproximar a gestão autárquica da população do concelho, que assim pode apresentar diretamente aos eleitos assuntos que consideram de interesse sobre os locais onde vivem ou trabalham.
Este projeto, inédito a nível nacional, e que decorre da visão, do compromisso e da prática de Município Participado, transversal a toda atividade da Câmara Municipal de Setúbal, leva o Executivo e as Juntas de Freguesia a avaliar, em cada bairro, em cada rua, as necessidades sentidas pela população.
Fonte/Foto: CM Setúbal