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Setúbal Informação

2025/11/06

Praceta Manuel Nunes de Almeida segue a 2.ª fase de beneficiação

Concelho

Redução do perfil transversal das faixas de rodagem de nove para cinco metros, o ordenamento do estacionamento com disposição em espinha, uma pista ciclável e ligações pedonais à Av. da Europa e à praceta a nascente

ara a totalidade da intervenção, foi elaborado um projeto com base na versão final de um estudo da Divisão de Planeamento Urbanístico (DIPU), aprovado após várias reuniões com os moradores. Essa versão propôs a redução do perfil transversal das faixas de rodagem de nove para cinco metros, o ordenamento do estacionamento com disposição em espinha, uma pista ciclável e ligações pedonais à Av. da Europa e à praceta a nascente. O projeto de execução de arquitetura paisagista abrange a 1.ª fase localizada na zona norte, cuja obra está concluída; a presente fase, incidindo sobre o passeio e estacionamento norte e nascente junto aos edifícios e a área remanescente a executar futuramente.
O projeto é constituído pelos volumes referentes às especialidades de arquitetura paisagista, drenagem pluvial e iluminação pública, elaborados no Gabinete de Estudos e Projetos da Câmara Municipal de Setúbal. Foi também prevista a construção redes de águas residuais domésticas, cujos projetos foram elaborados pela concessionária Águas do Sado, S.A.


A área de intervenção localiza-se na União das Freguesias de Setúbal, entre a Escola Secundária de Bocage, a poente, edifícios de habitação e comércio, a nascente, a Av. da Europa, a norte, e a Rua Dr. António Manuel Gamito, a sul.


Com uma superfície retangular aproximadamente de 170 metros de comprimento e 65 metros de largura, a intervenção compreende praticamente toda a praceta. O local é quase plano, com uma diferença de cotas altimétricas de aproximadamente 1,20 m (entre as cotas 5,50 e 6,70 m. As bolsas de estacionamento são em calçada de cubos de granito, as faixas de rodagem em betuminoso e os passeios em calçada de vidraço miúdo. A contentorização atualmente existente na Praceta Manuel Nunes de Almeida é constituída por dois pontos de recolha, com três contentores de 800 Litros em cada, perfazendo um total de 4800 Litros. Os contentores encontram-se localizados nos topos da placa central da praceta, sendo que na proximidade de cada um destes pontos de recolha existe igualmente um ecoponto. As zonas verdes são predominantemente revestidas com relvados, pontuados com arbustos. As árvores existentes estão presentes nos canteiros e em caldeiras, nos passeios e zonas de estacionamento.


A intervenção será concretizada na sequência da execução da primeira fase a qual abrangeu a zona norte da praceta, junto à Av. da Europa. A requalificação pretende requalificar a Praceta Manuel Nunes de Almeida, que serve moradores e a comunidade da Escola Secundária de Bocage, no Bairro do Liceu. Prevê-se melhorias de circulação rodoviária e estacionamento (181 lugares no total, dezassete dos quais criados na primeira fase), sendo quatro lugares de estacionamento destinados a pessoas com mobilidade condicionada e dois para cargas e descargas. O perfil das vias de circulação automóvel é estreitado para que os veículos circulem e parem durante menos tempo em frente à escola nas horas de ponta. Prevêem-se seis novas passagens de peões nas principais zonas de atravessamento. A redução do perfil da faixa de rodagem de nove para cinco metros permite o alargamento dos passeios e a criação de uma ciclovia bidirecional paralela à Escola Secundária de Bocage, entre a Rua Dr. António Manuel Gamito e o futuro Parque Urbano da Várzea. O alargamento do passeio (1,80 m) junto aos edifícios permite a instalação de novas esplanadas e melhora as condições de circulação pedonal, permitindo ainda a instalação de árvores. Na placa central são criadas zonas de estadia com mesas e bancos e uma zona de recreio livre com pavimento liso que permite a utilização de bicicletas, skates e patins. No lado poente, junto ao acesso à Escola Secundária de Bocage, prevê-se uma zona de estadia/encontro, uma zona de equipamento desportivo com estrutura de street workout fitness e uma pista ciclável bidirecional com 2,20 m de largura. A estrutura verde integra a maior parte das árvores existentes, incluindo dois exemplares de Populus nigra de interesse público, novas árvores, maciços arbustivos e prado regado.


Toda a área de intervenção é acessível e confortável, sendo asseguradas ligações pedonais sem barreiras urbanísticas. Prevêem-se passagens de peões com os passeios devidamente rebaixados e os pavimentos diferenciados, que foram prolongados até à entrada da Escola Secundária de Bocage e à ligação à praceta a nascente. Preconizaram-se três lugares de estacionamento para pessoas com mobilidade condicionada.
Os pavimentos apresentam uma pequena inclinação, não superior a 2%, devendo ser garantida qualidade construtiva nos remates, transição de materiais e juntas. A rede de percursos acessíveis abrange toda a área de intervenção e a ligação às áreas envolventes, estando articulada com as atividades e funções urbanas. Os percursos pedonais acessíveis têm um canal de circulação contínuo e desimpedido de obstruções (mobiliário urbano, árvores, placas de sinalização, bocas-de-incêndio, caixas de infraestruturas, etc.) com uma largura não inferior a 1,20 m, medida ao nível do solo e uma altura não inferior a 2,40 m.


O reperfilamento das faixas de rodagem obriga à demolição de todos os lancis, fresagem do pavimento betuminoso e levamento das calçadas de cubos de granito do estacionamento e calçada de vidraço miúdo dos passeios.


Os movimentos de terras referem-se apenas à abertura de caixa dos pavimentos e uma pequena modelação das zonas verdes.


Na presente intervenção, mantem-se praticamente o rácio entre áreas permeáveis e impermeáveis, não se prevendo, assim, aumento do escoamento das águas pluviais. A inclinação dos pavimentos e das zonas verde permite o encaminhamento das águas pluviais para órgãos de recolha existentes/a propor no âmbito do projeto de águas residuais pluviais, o qual deverá incluir também a remodelação da drenagem das coberturas dos edifícios existente nos passeios.


A solução de rega proposta promove uma eficaz utilização da água e minimiza as suas perdas recorrendo-se para o efeito a um sistema que integra um programador de rega, sensor de chuva, rega por aspersão e localizada.
Os passeios são maioritariamente em pavê creme. Nas zonas de calçada de vidraço miúdo são reutilizados os cubos levantados sendo o material excedente transportado para as instalações da CMS, em Poçoilos. As áreas de estacionamento serão calçada de cubos de granito, proveniente também da remoção dos cubos existentes. A zona de equipamento desportivo será dota de pavimento flexível, com camada superficial em EPDM sobre camada de SBR. A pista ciclável será em slurry verde sobre betão betuminoso, cor que se funde bem com o ambiente urbano e é mais associada a piso rodoviário do que a cor laranja. Quando sofre desgaste, isso não é tão percetível como no caso da cor laranja. A faixa de rodagem terá camada de desgaste em betão betuminoso. Nas zonas de betuminoso existente esse pavimento será aplicado após fresagem; nas zonas novas será aplicado sobre base em tout-venant. Nas zonas de estadia e recreio localizadas na placa central prevêem-se pavimentos permeáveis em betão poroso.


O equipamento e mobiliário urbano previsto inclui equipamento desportivo de street workout fitness, conjuntos de mesas e bancos, papeleiras, bancos, bebedouro, suporte de bicicletas, pilaretes, painel informativo e placas com informação sobre as árvores classificadas de interesse público existentes. Prevê-se nova localização para os contentores de resíduos sólidos urbanos indiferenciados e para os ecopontos, conforme proposta da Divisão de Higiene Urbana, tendo em conta a nova configuração da praceta, nomeadamente a localização das passadeiras, a acessibilidade pedonal e segurança.


Com a colaboração dos serviços da Divisão de Espaços Verdes (DIEV), foram definidos os exemplares arbóreos a manter e a abater.
As árvores a abater são as do alinhamento de Albizia julibrissim existente no estacionamento a poente, junto à Escola Secundária de Bocage, face ao seu fraco desenvolvimento vegetativo e mau estado fitossanitário, fundamentalmente devido ao embate de veículos. Preservaram-se as outras árvores, maioritariamente de grande médio e grande porte, incluindo dois exemplares classificados de interesse público da espécie Populus nigra localizados junto à entrada daquele estabelecimento de ensino. Propõem-se novas árvores, caducifólias e perenifólias, nas zonas verdes e em caldeira, em passeios e zonas de estadia, de forma a amenizar as condições microclimáticas do local. O revestimento das zonas verdes envolve essencialmente zonas de prado regado e ainda maciços arbustivos para conferir cor, volume e textura às zonas verdes. Serão utilizadas espécies tolerantes à seca, espontâneas na região ou, pelo menos, bem-adaptadas, excluindo-se espécies tóxicas, com espinhos, ou que possam provocar alergias.  A terra utilizada nas plantações e sementeiras deverá ser proveniente da decapagem da camada superficial de solos de boa qualidade, depois de devidamente limpa e cirandada.


No âmbito do respetivo projeto de especialidade foi proposta a requalificação da iluminação da área de intervenção, cumprindo os requisitos de luminância e iluminância adequados à tipologia dos espaços, respondendo à necessidade de segurança de pessoas e bens, assegurando a perceção de obstáculos, conforto na deslocação e facilidade de orientação, reforçando-se a iluminação das situações potencialmente perigosas.

 

Fonte/Foto: CM Setúbal

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