A sétima edição da MAPS – Mostra de Artes Performativas em Setúbal, organizada pela Câmara Municipal, que encerrou no dia 19 à noite com um “jardim humano”, atraiu mais de 2 mil pessoas às duas dezenas de iniciativas apresentadas.
Com o tema “Diversidade”, a MAPS proporcionou uma viagem pelas múltiplas formas de existir e de criar no século XXI, através de espetáculos, performances e propostas interdisciplinares, numa edição que reuniu artistas emergentes e consagrados a abordar diferentes realidades culturais, sociais, estéticas e identitárias.
O evento registou, entre os dias 10 e 19 de julho, um total de 21 atividades, apenas uma de entrada paga, com o objetivo de reforçar o compromisso com a democratização do acesso à cultura e com a construção de uma cidade aberta, criativa e plural.
A programação encerrou no dia 19 à noite, no Largo de Jesus, com o Museu de Setúbal/Convento de Jesus a servir de pano de fundo à apresentação de “Jardim Humano”, criação do coletivo Setúbal Voz com direção artística de Jorge Salgueiro.
O espetáculo, integrado no projeto Ópera nos Bairros, financiado pela Câmara Municipal no âmbito do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, cruzou a linguagem da ópera com testemunhos de vida, dando protagonismo a quem muitas vezes não tem voz.
Ainda no dia 19, à tarde, o percurso performático “Sem Muros nem Ameias” proporcionou uma reflexão sobre o lugar que o corpo e memória ocupam na cidade, num mosaico em que manifestações artísticas individuais se uniram num ato coletivo para um espaço de encontro.
Com início no Largo Defensores da República, “Sem Muros nem Ameias”, com direção artística de Leonardo Silva, fez parte do projeto PO.VOAR, apoiado no âmbito do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, Comunidades em Ação, candidatura OIL – Operação Integrada Local na União das Freguesias de Setúbal, Coesão Socio-territorial Através das Margens.
Já no dia 18 à noite, a dança, a palavra e a memória cruzaram-se para explorar questões de identidade, maternidade, colonialismo e ancestralidade feminina na instalação performativa de PINY “Entre o Sonho e a Realidade Onde Me Sento”, apresentada no espaço A Gráfica – Centro de Criação Artística.
O fomento da participação e colaboração ativa do público com o artista e a obra foi a grande tónica de uma edição que olhou também para os mais novos, com o Mini-MAPS, composto por peças de teatro e instalações no Parque do Bonfim.
Fonte/Foto: CM Setúbal