As comissões de utentes e a população manifestaram-se contra o encerramento das urgências pediátricas, a demora na construção do Hospital do Seixal/Sesimbra e a interrupção dos trabalhos de construção da extensão de saúde da Quinta do Conde.
O autarca lembrou que as obras da extensão de saúde da freguesia, depois de dez anos de luta, começaram em junho de 2009 mas que foram interrompidas em Outubro.
“O retomar dos trabalhos faz mover a comissão de utentes e os quintacondenses. Existe também uma grande lentidão no avançar do Hospital Seixal/Sesimbra e o recente anúncio do encerramento das urgências pediátricas é algo de muito grave”, disse.
Carlos Sales, do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos e da Comissão de Utentes do Seixal, também defendeu a importância de uma manifestação em Lisboa “onde cada concelho leve pelos menos uma camioneta de pessoas”.
Em relação ao encerramento das urgências pediátricas, Carlos Sales referiu que o Hospital Garcia de Orta com o acréscimo de população que procura a região no Verão e o encerramento das restantes urgências pediátricas no serviço noturno em Setúbal e no Barreiro, vai “rebentar”, pois não terá capacidade de resposta.
Eduardo Marques, em representação das comissões de utentes do Barreiro, foi dos primeiros a apelar a uma manifestação em Lisboa e anunciou uma vigília em frente ao Hospital do Barreiro na segunda-feira, pelas 21h00, contra o encerramento das urgências pediátricas.
“Foi feito o anúncio mas esta é uma decisão que não vamos aceitar. Temos que ir para a luta e tomar medidas concretas”, disse.
As várias comissões de utentes da Península de Setúbal presentes anunciaram alguns problemas dos seus concelhos, que se centram na inexistência ou más condições dos centros e extensões de saúde e na falta de médicos.