O Vitória venceu, na passada segunda-feira, 1 de maio, por 1-2 ao Real, em partida da 5.ª jornada da série 3 da 2.ª fase da Liga 3, e adiou para sábado, dia em que defrontam o Oliveira do Hospital no Bonfim, as decisões da permanência na competição.
Mário Mendonça, de grande penalidade, e Zequinha, ambos na segunda parte, foram os autores dos golos que anularam a vantagem que os anfitriões tinham alcançado no primeiro tempo quando os setubalenses já jogavam com 10 elementos devido à expulsão de François, aos seis minutos.
Depois de o Sporting B ter vencido (1-3) no reduto do Oliveira do Hospital, os sadinos entraram em campo a saber que estavam proibidos de perder, sob pena de serem, de imediato, relegados ao Campeonato de Portugal. Por esse motivo requeria-se da equipa liderada por Luís Loureiro concentração máxima nos 90 minutos, algo que não sucedeu até porque, logo aos seis minutos, os sadinos deram um autêntico tiro no pé que poderia ter precipitado, a uma jornada do fim, a descida ao quarto escalão do futebol nacional.
O destino do Vitória na partida realizada no Complexo Desportivo do Real, em Monte Abraão, cedo teve uma incidência que deixou apreensivo o universo vitoriano. Decorria o minuto seis quando o árbitro lisboeta João Malheiro Pinto exibiu o cartão vermelho ao central François por uma entrada imprudente que derrubou, a poucos centímetros da entrada da área, um adversário que seguia isolado para a baliza defendida por Mika.
Numa fase em que os comandados de Luís Loureiro aparentavam ter o jogo controlado, mesmo a jogar com menos uma unidade, o Real inaugurou o marcador, aos 32 minutos, num lance em que a defesa vitoriana foi bastante permissiva. O avançado Dino Semedo, nascido em Setúbal e que fez a sua formação no Vitória, foi o autor do 1-0, após assistência do colega Paulinho.
Conscientes de que a derrota colocava um ponto final na esperança da permanência, o técnico, para tentar mudar o rumo dos acontecimentos, lançou no arranque do segundo tempo, o médio Pedro Pinto e avançado Gabriel Lima para os lugares de Lourenço Henriques e Camilo Triana, respetivamente. As mexidas melhoraram a dinâmica da equipa que passou a estar instalada no meio-campo contrário.
Aos 58 minutos, o árbitro entendeu que o capitão Zequinha foi derrubado no interior da área e assinalou uma grande penalidade favorável aos verdes e brancos. Da marca dos 11 metros, o defesa Mário Mendonça, aos 59 minutos, não vacilou e fez o 1-1, que pôs em festa as centenas de adeptos que viajaram de Setúbal até Massamá e relançou a discussão sobre o vencedor do encontro.
Depois da igualdade, o Real, que só com o triunfo evitava ontem a descida de divisão, voltou a subir no terreno e a criar várias situações de perigo junto da baliza de Mika. Aos 68, 72, 76 e 77 minutos, o médio Diogo Castro, lançado no jogo aos 57, foi o mais interventivo com remates que erraram o alvo, sendo que o último que efectuou passou a rasar o poste direito.
Aos 90+1 minutos, instantes depois de o árbitro ter invalidado um golo ao Real por mão na bola de um jogador no interior da área, os sadinos construíram mais um lance de contra-ataque em que Diogo Sequeira, que tinha substituído Filipe Oliveira aos 79 minutos, rematou de fora da área para defesa segura de Iuri Miguel. Até ao apito final, os vitorianos fecharam os caminhos da baliza, seguraram a vantagem e garantiram os três pontos, que Zadiam a decisão da permanência para sábado, dia em defrontam, no Bonfim, o Oliveira do Hospital.
(In O SETUBALENSE)